FURANOCUMARINAS

      Como referido anteriormente, nos EUA o intake diário de furanocumarinas é de cerca de 1,3 mg/dia, ou seja, 0,02 mg/dia por pessoa, considerando um peso corporal de 60kg. Isto corresponde a um valor  aproximadamente 1000 vezes mais baixo que o NOAEL (no observed adverse effect level) necessário para que se verifique toxicidade hepática em estudos feitos em ratos (25 mg de 8-metoxipsoraleno/kg peso corporal/dia) e 1700 vezes inferior à dose dietética que demonstrou induzir cancro em ratos (37,5 mg/kg). Portanto, o risco de desenvolver toxicidade hepática ou cancro devido à ingestão de furanocumarinas na dieta é reduzido.

   Em seres humanos, a dose limite oral para a ocorrência de eritemas após consumo de alimentos contendo furanocumarinas e após exposição à luz solar é de cerca de 14 mg de 8-metoxipsoraleno (cerca de 0,23 mg/kg). Com base em testes de exposição, calculou-se que um valor limiar para o efeito fototóxico em adultos (em combinação com UVA) era de 10 mg de 8-metoxipsoraleno (8-MOP) + 10 mg de 5-metoxipsoraleno (5-MOP) o que equivale a cerca de 15 mg de 8-MOP (0,25 mg/kg de peso corporal).

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      Esta dose limiar fototóxica não é atingida pelo consumo normal de vegetais sob hábitos alimentares de uma dieta dita normal. Sendo assim, a exposição dietética a furanocumarinas não é considerada como um risco significativo para o desenvolvimento de fotodermatite. No entanto, pessoas que pratiquem um estilo de vida vegetariano correm um maior risco de fotodermatite provocada pela ingestão de furanocumarinas (seguida de exposição a radiação ultravioleta), uma vez que a sua dieta é maioritariamente à base de vegetais e fruta.

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     Desta forma, não existem regulamentos ou diretrizes da FDA específicos para a presença de furocumarinas nos alimentos. [7]